Feira do Produtor Rural: inovação para os clientes
A rotina dos agricultores começa cedo, a feira que inicia às 7h é organizada a partir das 5h da manhã, horário em que os produtores levantam, tomam café, arrumam os produtos para serem levados e saem de suas casas para organizar a feira e esperar seus clientes.
Os clientes que participam da feira e dos eventos realizados pelos agricultores procuram pela qualidade, preço e por se tratar de produtos frescos, cultivados produtores, sempre atentos à qualidade do que é comercializado na feira.
Nessa primeira edição do Café, aproximadamente 100 pessoas prestigiaram o evento, o que superou as expectativas dos agricultores. No local foram colocadas mesas com deliciosas comidas preparadas por eles: chimia, nata, pão caseiro, cucas, bolos, queijo, salame, mel, pasteis, café, leite e suco, produtos que também são normalmente comercializados na Feira. Porém, no Café a produção ganha mais visibilidade pela apresentação, ambiente e participação de outros públicos que, por causa disso, passam também a frequentar a Feira. Isso significa que o Café potencializa economicamente a Feira.
Reportagem e imagens: Giuli Ana Izolan
O café colonial realizado para a valorização dos produtos cultivados e produzidos pelos agricultores é tradicional em outras cidades. Ao viajar pelo sul do país encontramos vários lugares onde é servido diariamente. É uma refeição típica de lugares com habitantes de origem alemã. Em Santa Catarina, o destaque para os cafés é nas cidades de Joinville, Blumenau, Anitápolis, Santa Rosa de Lima e Grão Pará. No Paraná, os mais tradicionais acontecem em Curitiba, São José dos Pinhais, Rio Negro, Quatro Barras, Foz do Iguaçu e Morretes. Em solo gaúcho, os cafés mais famosos são os de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e Santa Cruz do Sul.
O costume surgiu devido à procura de viajantes e turistas, que chegavam tarde em regiões onde não havia hotéis ou mesmo restaurantes e eram acolhidos pelos colonos, ocasião em que lhes era servido o café. Os moradores prontificavam-se a atender os viajantes, com alojamento e refeições, colocando à mesa o que havia de melhor dentro dos costumes germânicos. O café colonial também tem sua origem na mesa de muitos agricultores que povoaram as mais diversas regiões agrícolas do mundo.
Agora, a partir da iniciativa dos agricultores santo-angelenses, nos segundos sábados de cada mês, a comunidade pode conhecer os produtos e saborear as especialidades servidas à mesa do Café Colonial da capital das Missões.
As Feiras do Produtor, nas regiões em que a agricultura é a base da economia, são tradicionais. Mesmo sendo realizadas há muito tempo, procuram sempre trazer novidades para fidelizar os clientes, uma das provas é a realização do Café Colonial em Santo Ângelo.
Segundo o Sistema de Planejamento da Emater/RS-Ascar (Sisplan), 560 feirantes realizam 33 feiras na Fronteira Noroeste e Missões. Confira no quadro ao final da reportagem os locais e os horários.
João Meneghini vendendo seus produtos na Feira
Frutas e Verduras Peppe
Primeiro Café Colonial Missioneiro
O primeiro Café Colonial Missioneiro de Santo Ângelo não foi criado como um evento simplesmente social. Ele nasceu da busca de uma alternativa complementar para a sustentabilidade das famílias que mantêm a Feira do Produtor Rural do município. O Café aconteceu em um sábado, dia 11 de novembro, no Pavilhão de Hortifrutigranjeiros da Avenida Venâncio Aires, onde também é realizada a Feira, nas terças, quintas e sábados, das 7h às 12h.
Café Colonial Missioneiro e suas delícias
Público prestigiando o Primeiro Café Colonial Missioneiro