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Diversas fazendas do estado sofrem anualmente com ataques de javalis. Uma das formas de amenizar o problema é através do manejo destes animais

 

Ataques de Javalis às propriedades aumenta no RS

O crescente número de ataques de javalis no Rio Grande do Sul preocupa os trabalhadores rurais. Estes animais da família dos suínos têm aumentado sua população rapidamente, devido ao cruzamento com porcos domésticos e pela capacidade de gestar até 10 filhotes. Além disso, é um invasor exótico, trazido para o estado, por isso, não apresenta predador natural, o que colabora para o desequilíbrio ambiental.

Os javalis, ou javaporcos, atacam lavouras de cana-de-açúcar, soja e milho, sendo esta última o alvo principal. Nas plantações de milho, os maiores estragos ocorrem no estágio de desenvolvimento da espiga. Além disso, os suínos também se alimentam de cordeiros e terneiros recém-nascidos. Foi entre os anos de 2005 e 2010 que a situação se agravou, aumentando criticamente a ocorrência de ataques de javalis às propriedades. Em 2016, aproximadamente 15 mil ovinos foram mortos por javalis, segundo dados da  Federação da Agricultura do Estado - Farsul.

Para amenizar o problema, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criou uma normativa em 2013 para regulamentar o abate dos javalis em todo o país, como forma de controle à espécie e redução dos prejuízos causados aos produtores rurais. Porém, o manejo deve seguir as normas estabelecidas para tal procedimento, como:

  • Estar registrado no cadastro do Ibama.

  • Usar armas legalizadas.

  • Evitar maus-tratos durante a caça.

  • Caçar em áreas liberadas pelo Ibama.

  • Ter autorização dos proprietários das áreas rurais.

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O representante comercial Gilmar Bohrer, morador de Ijuí, é licenciado pelo Ibama para o manejo de javalis. Há aproximadamente um ano, Gilmar fez o cadastro e atualmente segue as normas que permitem a caça. Ele explica que a atividade é uma espécie de hobby. Após os proprietários das fazendas entrarem em contato solicitando o manejo, Gilmar vai até a propriedade, que precisa ser cadastrada no Ibama. Uma das regiões onde há maior ocorrência de javalis é na fronteira com a Argentina.

Fotografia: Pixabay

Os javalis colaboram para o desequilíbrio ambiental, por não serem nativos do estado e não possuírem predador natural.

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